Como Marcelo Rubens Paiva ajudou Paulo Ricardo a virar cantor
Cantor revelado no RPM, uma das maiores bandas de rock da história do Brasil, conversou com o g1 sobre novidades da carreira, que completou 40 anos. Paulo Rica...

Cantor revelado no RPM, uma das maiores bandas de rock da história do Brasil, conversou com o g1 sobre novidades da carreira, que completou 40 anos. Paulo Ricardo explica como Marcelo Rubens Paiva o fez virar cantor Paulo Ricardo comemora seus 40 anos de carreira com a turnê "Paulo Ricardo XL" e o novo EP "Reinventar". Mas o que nem todo mundo sabe é que um amigo famoso o ajudou a se tornar cantor (veja a explicação no vídeo acima). Em entrevista ao podcast g1 ouviu, ele lembrou que o escritor Marcelo Rubens Paiva foi importante para ele ter migrado do jornalismo para a música. Foi o autor de "Ainda estou aqui" que apresentou Paulo a pessoas importantes da indústria musical brasileira, nos anos 80. "Marcelo Rubens Paiva, meu brother, fez o release do primeiro álbum do RPM", recordou. Além disso, a carreira do RPM, ou pelo menos o início do processo de assinatura de contrato para a gravação de um disco, contou com apoio do escritor. A gravadora CBS, que hoje é a Sony Music, tinha interesse em gravar um disco da banda de Marcelo, mas ele já não tinha mais o grupo, porque estava focado em preparar o livro "Feliz Ano Velho". Mesmo assim, o autor foi até uma reunião na gravadora e levou o amigo. O cantor era, segundo ele, um dos "pilotos oficiais oficial da cadeira de rodas" de Paiva, auxiliando-o, já que a cadeira não era motorizada como hoje. "Ali começaram as reuniões e acabamos assinando meses depois. Então eu devo isso ao Marcelo... somos amigos até hoje." Paulo contou essa e outras histórias no podcast e videocast de música do g1, nesta terça-feira (10). A conversa fica disponível em vídeo e podcast no g1, no YouTube, no TikTok e nas plataformas de áudio. O cantor ficou conhecido como vocalista do RPM, uma das bandas de rock mais populares no Brasil nos anos 80. Em carreira solo, ele se consolidou na música romântica com sucessos como "A Cruz e a Espada", "Tudo por Nada" e "Dois". Nova turnê com hits e novidades g1 Ouviu #308 – Paulo Ricardo é o entrevistado desta terça-feira (10) Paulo contou que a atual turnê tem muito "impacto visual", com investimento em telões e câmeras ao vivo com efeitos. "Meu grande desafio foi condensar esses 40 anos. Eu sempre fui inquieto, com esse paradoxo de ser um roqueiro brasileiro", falou sobre tocar rock no país da Tropicália. Ele mencionou que as canções do filme "Spirit: O Corcel Indomável", cantadas por ele para a versão brasileira, viraram um trabalho querido entre fãs mais jovens. Então, ele incluiu uma dessas músicas no repertório da turnê. A fase dos anos 80, claro, têm presença no repertório. "Você ouve The Weeknd, A-Ha, Harry Styles, Madonna... e parece a mesma playlist. Parece que os anos 80 criaram uma espécie de paradigma que vigora até hoje. Foi uma década privilegiada e revolucionária". Paulo disse que não se frustra pelo público sempre querer os hits antigos. "É uma coisa tão forte, é tão bonito.... é quase religioso". Paulo Ricardo no g1 Ouviu Kaique Mattos/g1 Paulo disse que o RPM sofreu com censura até depois da ditadura. "A gente teve uma música censurada ainda na Nova República do Sarney e eu nunca soube porque". "O fato é que essa censura foi solenemente desrespeitada, e a música 'Revoluções por Minuto' é um grande sucesso. Mas para a gente, é uma honra ter uma composição censurada", disse, brincando. Ele também comentou a parceria com Michael Sullivan, considerado um dos maiores compositores de sucessos populares. Paulo comentou que a música "Dois" causou controvérsia pela parceria com Sullivan, conhecido também por sua parceria com Paulo Massadas. "As pessoas diziam: 'O pessoal do rock vai te crucificar'... Fagner falou pra gente não gravar." Ele hesitou, mas acabou lançando e a balada, claro, estourou. O cantor Paulo Ricardo em entrevista no estúdio do g1 no dia 10 de junho de 2025 Kaíque Mattos/g1 Paulo Ricardo conta que decidiu gravar 'Dois' após Fagner dizer para não fazer